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Monocitos Displasicos

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18/02/2019
|    #Leucemia  #Leucograma  #Padronização  #HemoClass Leucemias
Os monócitos são células mononucleadas que podem exibir vacúolos no seu citoplasma e também no núcleo. Estes vacúolos não apresentam significado clínico, pois a célula com atividade fagocítica da linhagem é o macrófago, ao qual o monócito se diferenciará depois de migrar aos tecidos. Em algumas doenças essas células aparecem displásicas, com maturação incompatível de núcleo/citoplasma, e ainda núcleos totalmente bizarros. Pode ser um indicativo de síndrome mielodisplásica ou de outras doenças onco-hematológicas.   Como relatar: presença de monócitos displásicos   Dica: Mesmo displásicos, os monócitos podem apresentar vacúolos.
Caracteristicas dos Linfocitos Reativos

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04/02/2019
|    #Leucograma  #Padronização  #Hematoscopia  #Consultoria
Introdução: Linfócitos reativos (LR) são variações morfológicas de linfócitos T e B ativados, originados como resposta a estímulos virais e inflamatórios, na presença de fármacos, na rejeição a transplantes e em situações de grande estresse ao sistema imunológico. Sua identificação ainda gera dúvidas na rotina laboratorial. Objetivo: revisar as características morfológicas dos LR, visando sua correta identificação na rotina laboratorial. Desenvolvimento: os LR variam de 10 a 30 μm; a cromatina possui regiões grosseiras e dispersas, evidenciando a síntese de DNA nas áreas mais claras. Podem ou não apresentar vacúolos; o citoplasma é irregular e basófilo, com a região periférica escurecida devido à intensa transcrição de RNA, podendo ainda ser visível o Complexo de Golgi aumentado pela intensa atividade ribossômica. Morfologicamente, são subdivididos em plasmocitóides, células de Downey I, II e III. Os plasmocitóides são arredondados, com tamanho intermediário, a cromatina forma pequenas massas densas, os nucléolos são indistintos e o citoplasma é abundante, mais claro na região perinuclear. As células de Downey I são mais raras e possuem quantidades fracas a moderadas de citoplasma basofílico, com núcleo recortado, dobrado ou lobulado e cromatina condensada. As células de Downey II são as mais comuns, com núcleo arredondado, cromatina moderadamente condensada e nucléolo indistinto, citoplasma azulado pálido, pouco granulado. As células de Downey III são maiores, com núcleo redondo ou oval, cromatina dispersa e citoplasma abundante, intensamente basofílico. Discussão: um adulto saudável possui de 2 a 6% de linfócitos reativos circulantes. Em doenças como a dengue, a contagem de linfócitos reativos chega a 10% dos leucócitos totais; na mononucleose infecciosa, por exemplo, pode ultrapassar 20%, evidenciando-se como um possível marcador clínico, diagnóstico e prognóstico. Conclusão: saber identificar corretamente linfócitos reativos na rotina laboratorial é de extrema importância para a investigação diagnóstica laboratorial. Esse artigo foi escrito em conjunto com a farmacêutica Alana Rubia Hotênio de Santana, e ganhou o premio de melhor resumo do CBAC de 2017. A partir deste resumo, escrevemos o e-book Linfócitos Reativos para Analístas Clínicos, que foi sucesso de vendas em 2017 e 2018, sendo relatado como a melhor ferramenta disponível para caracterização, identificação e interpretação dos linfócitos reativos. Clique aqui para conhecer o e-book Caso não funcione, copie e cole o link abaixo em seu navegador. https://pay.hotmart.com/X5966042R?checkoutMode=10  
Leucemia Mieloide Aguda m1

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25/01/2019
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A leucemia mielóide aguda subtipo m1 é uma situação morfológica que já apresenta alguma evidencia de componente mielóide nas células leucêmicas. Entretanto, não é tão fácil assim esse reconhecimento, pois ainda se trata de uma leucemia aonde a mutação acontece em uma célula bastante indiferenciada.   Os blastos apresentam nucléolo bem delimitado, com esboço de granulação citoplasmática, podendo apresentar vacúolos. Os bastonetes de auer podem ser vistos neste subtipo, mas não é comum de se encontrar. A tríade leucêmica é um achado importante do hemograma.   É uma leucemia que acomete preferencialmente adultos, costuma ter prognóstico razoável e corresponde a 20% dos casos de LMA, sendo que nas provas complementares, se espera mais de 3% dos blastos com positividade para mieloperoxidase e sudam black B.   Uma possível confusão morfológica pode acontecer entre os blastos desta leucemia com os blastos da LLA l2, e também com a LMA m5a   Os critérios diagnósticos para confirmação definitiva da LMA m1 são: Blastos > do que 30% das células nucleadas da medula óssea, e blastos > 90% das células não eritróides da medula óssea. Positividade para MPO e SBB maior que 3% (blastos) Componente granulocítico (células da linhagem granulocítica) em maturação <10% das células não eritróides da medula óssea. Componente monocítico (promonócito, etc...) <10% das células não eritróides da medula óssea. Imunofenótipo => pelo menos 3 marcadores descritos: CD13, CD33, CD34, CD7, CD4, CD11b e HLA-DR CASO CLÍNICO  O caso em questão apresenta um caso de uma mulher, 28 anos, fazendo exame de rotina. Eri: 2,51 / Hb: 8,0 / VG: 24,01 / VCM: 96 / HCM: 32 / CHCM: 33 / Leucócitos: 10.050 / PLT: 75.000   O aparelho liberou uma contagem de 57% de monócitos. Ao revisar a lâmina, se encontrou vários blastos, que correspondiam à contagem de monócitos do aparelho.   Embora a tríade leucêmica não esteja presente, a morfologia sugere uma leucemia indiferenciada, mas com alguns aspectos mielóides.   A imunofenotipagem confirmou os marcadores da LMA m1.   Veja algumas fotos abaixo da lâmina deste caso.
Mieloma Multiplo

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15/01/2019
|    #Leucemia  #Hematoscopia  #exames
Mieloma múltiplo Corresponde a 1% de todos os tipos de câncer e 10% de todas as neoplasias hematológicas, afetando principalmente paciente idosos, com pico de incidência entre os 60 e 70 anos. Essa doença caracteriza-se pela proliferação clonal e descontrolada de plasmócitos maduros na medula óssea, o que resulta na produção de uma proteína monoclonal (proteína "M"), geralmente uma imunoglobulina ou fragmento da mesma, que pode ser identificada no sangue (pico monoclonal na eletroforese de proteínas), na urina proteína de bence Jones ou em ambos os locais. Quanto ao componente monoclonal o detalhamento diagnóstico é realizado rotineiramente com imunofixação de proteínas no sangue na urina dosagem de imunoglobulinas e técnicas  mais recentes como a detecção de cadeias leves livres no soro (Freelite), caso este recurso esteja disponível. As principais manifestações iniciais da doença são anemia, dor óssea e infecçoes. Ao diagnóstico, o hemograma revela apenas anemia normocítica e normocrômica, com leve tendência a macrocitose, na maioria dos pacientes. Além disso, a presença de hiperparaproteinemia torna comum a observação do fenômeno de Rouleaux eritrocitário(empilhamento de hemácias) no esfregaço de sangue periférico. Vale ressaltar que os plasmócitos, geralmente abundantes na medula óssea, só são vistos no sangue periférico nos casos avançados. O mieloma múltiplo é uma doença ainda é incurável com tratamento convencional, sendo que o transplante de medula óssea autogênico ainda constitui a melhor opção terapêutica nos pacientes apto a realização do procedimento. Créditos: Dr. Valber de Freitas Matias / Flavio Naoum
Esferocitos e o Hemograma

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26/11/2018
|    #Padronização  #Hematoscopia  #exames
Esferócitos: O eritrócito normalmente possui a forma de um disco bicôncavo, apresentando um halo central e uma distribuição de hemoglobina na zona periférica. Alterações em sua forma são sugestivas de doenças e devem ser, sempre que presentes, relatadas no hemograma. Os esferócitos tem as concavidades reduzidas, atingindo um formato esférico. Não possuem o halo central mais claro, e ainda pode ser visto como hemácia com tamanho relativamente menor do que as hemácias normais. Diferentemente do que muitos pensam o esferócito NÃO é exclusivo da esferocitose hereditária. Qualquer quadro de hemólise pode induzir a formação de esferócito. A presença de esferócitos juntamente com aumento do CHCM pode, desta forma, sugerir um quadro de esferocitose hereditária. Como relatar: Deve ser visto a quantidade de esferócitos por campo e quantificar em cruzes (+,++,+++,++++), ou de forma discreta, moderada e intensa. O que significa: Um quadro de hemólise tanto intra quanto extravascular.
Linfocitos Reativos na Coqueluche

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05/11/2018
|    #Leucograma
A coqueluche, conhecida como tosse espasmódica, é uma doença imunoprevenível de grande importância na infância, que pode levar a complicações graves, inclusive com óbito. A Bordetella pertussis é o agente etiológico da coqueluche mais frequente, e este se instala nas células epiteliais ciliadas da nasofaringe, proliferando e produzindo uma série de toxinas, que são responsáveis pela manifestação clínica da doença. Vários outros agentes etiológicos podem determinar apresentação clínica semelhante, conhecida por síndrome pertussis, como alguns tipos de adenovírus, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae, além da Bordetella bronchiseptica. O homem é o único hospedeiro da Bordetella pertussis. O diagnóstico baseia-se na suspeita clínica de surtos de tosse paroxística seguida de espasmos e vômitos, associada à presença de leucocitose (acima de 20.000 céls./mm3), com linfocitose reativa. A leucocitose pode chegar a valores de 100.000 leucócitos. Uma característica importante nos linfócitos reativos da coqueluche é o formato do núcleo, que apresenta uma fissura, indentação ou fenda, também chamado de núcleo lobulado ou pleomórfico.
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