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Conheça a HemoClass

O surgimento da HemoClass se deve à necessidade de aperfeiçoamento constante pelos profissionais dedicados às áreas das Análises Clínicas e da Patologia. Surgiu como uma plataforma de fotos discussão de casos clínicos no facebook, e hoje conta com uma estrutura ampliada, cursos de excelência e serviços exclusivos.

Possui profissionais extremamente capacitados e experiêntes como parceiros, para trazer uma maior credibilidade aos profissionais e principalmente uma maior confiabilidade nos exames da rotina laboratorial.

Dos processos iniciais, passado pela fase analítica até a interpretação dos resultados, tudo deve estar alinhado para o correto diagnóstico do paciente. 

Conte conosco para que seu laboratório adquira mais credibilidade e confiabilidade nos resultados.

Treinamentos "in loco", capacitações online, consultorias, mentorias, assessoria remota, enfim, várias ferramentas para que os resultados sejam mais interpretativos e padronizados, trazendo um nível de excelência. 

Confira os cursos e serviços HemoClass, além do nosso Blog de Notícias.

Conheça o Professor
Paulo Merísio

Paulo Roberto Merisio é um profissional de excelência em Hematologia. Professor por vocação e bioquímico de formação.Tem sua atuação aprovada em todo o território nacional, através de cursos, palestras, congressos e aulas de pós graduação.

Ajudou a hematologia laboratorial melhorando a padronização e atuação de diversos laboratórios através do treinamento de seus analistas!
  
É Farmacêutico e Bioquímico formado pela escola de Farmácia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Especialista em Biotecnologia pela UNIOESTE, Especialista em Hematologia pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Mestre em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Especialista em Gestão e Liderança Universitária (PUCPR).
 
Foi professor de diversas disciplinas, entre elas farmacologia e química farmacêutica, mas na HEMATOLOGIA sempre teve a sua paixão e atuação profissional.
 
Atuou como professor e coordenador de cursos de Graduação em várias Instituições do Paraná como UNIPAR, FAG, UNISEP, UNIP e PUC.
 
É professor de vários cursos de Pós Graduação no Brasil, dentre eles o curso de Análises Clínicas da UFPR, Hematologia do IBRAS, Hematologia da FPP, além de cursos de extensão da SBAC. 

Desde 2010 atua como palestrante do CBAC - Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, no curso Seminário de Lâminas, que ano após ano se revela um sucesso. 

Atualmente é Diretor da HemoClass - Hematologia e Medicina Diagnóstica, aonde atua também como consultor e professor.
 
Autor de vários projetos que trouxeram mais segurança para os profissionais das Análises Clínicas, dentre eles a Assessoria Remota Laboratorial, o Hemoclass Leucemias, o HemoClass HC e os grupos de desafios Hemato 21 e ADV.

Trata-se de um profissional comprovado, experiente e dedicado que traz e disponibiliza sua expertise para ajudar outras pessoas a melhorar o cenário do diagnóstico laboratorial no Brasil.

Acredita que o reconhecimento profissional e a autoridade dependem diretamente do conhecimento e de como ele é organizado!

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08/08/2025

Descomplicando a Hematologia com a Metodologia 3R

Se você já travou na frente do microscópio tentando entender uma alteração hematológica, saiba que não está sozinho. E se eu te contar que, muitas vezes, a culpa não é sua, mas do método que te ensinaram – ou da falta de método, para ser mais direto? 

**Seja bem-vindo ao mundo da Hematologia real!**
Aqui, a gente deixa os mitos e regrinhas sem fundamento de lado e foca no que realmente importa: a ciência por trás da célula e a aplicação prática do conhecimento. Eu sou Paulo Merísio, professor de Hematologia há mais de 20 anos, palestrante em congressos no Brasil e no exterior, e criador da **Metodologia 3R**, que vai transformar sua forma de analisar e interpretar alterações hematológicas.

O que é a Metodologia 3R?

A Metodologia 3R é simples, mas poderosa. Ela se baseia em três pilares essenciais para qualquer profissional que deseja se destacar na área de Hematologia:

1. **Reconhecer**: Entenda os padrões celulares.
2. **Relatar**: Aprenda a descrever corretamente.
3. **Relacionar**: Conecte os achados laboratoriais com a clínica do paciente.

Agora, vamos detalhar cada um desses pilares de forma prática (e sem blá-blá-blá acadêmico).

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Pilar 1: Reconhecer

"Monócito tem forma de rim", "Blasto tem nucléolo"... Quem nunca ouviu essas frases na faculdade? Spoiler: **muitas delas não funcionam na prática!** Para reconhecer uma alteração hematológica de verdade, você precisa observar o **padrão celular**, ou seja, aquilo que nunca muda em uma célula.

Por exemplo:
- **Drepanócito**: É uma célula com terminação em ponta e densidade aumentada por conta da hemoglobina polimerizada. Se não tem esses padrões, **não é um drepanócito**.
- **Linfócito reativo**: O tamanho ou o formato pouco importam. O padrão está na cromatina heterogênea e na basofilia citoplasmática. Simples assim.

Sem conhecer esses padrões, você corre o risco de identificar células de forma errada – e ninguém quer liberar um hemograma equivocado, né?

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Pilar 2: Relatar

Imagine o seguinte cenário: você identificou um blasto no hemograma. E aí escreve no laudo: “presença de célula imatura”. **Pausa dramática.** Isso está completamente errado! 

O médico não olha a lâmina; ele confia no que você escreve. Se o relato não segue as recomendações adequadas, o resultado perde credibilidade. Aqui vão algumas dicas práticas:
- **Blasto**: Deve ser contado e relatado como tal.
- **Eritroblastos**: Informe a proporção correta (X eritroblastos por 100 células nucleadas).
- **Linfócitos reativos**: Inclua-os na contagem diferencial.

Relatar corretamente não só evita confusões, mas também destaca seu trabalho no laboratório. Quando o médico consegue correlacionar o hemograma com a clínica do paciente de forma precisa, ele sabe quem está por trás daquele resultado impecável.

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Pilar 3: Relacionar

Este é o grande diferencial dos especialistas em Hematologia. Reconhecer e relatar são importantes, mas entender **o que a alteração significa na clínica do paciente** é o que te coloca em outro nível. 

Por exemplo:
- **Vacúolos no citoplasma de neutrófilos**: Sabia que eles podem indicar septicemia? Mas se a lâmina foi feita muito tempo após a coleta, esses vacúolos podem ser induzidos pelo EDTA. Entender a fisiologia é crucial para não cair em armadilhas.

Além disso, médicos frequentemente ligam pedindo explicações sobre alterações. Se você não souber responder, sua credibilidade (e a do laboratório) vai por água abaixo. Por outro lado, se você entende a fisiologia e sabe contextualizar a alteração, ganha destaque como profissional.

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Por que a Metodologia 3R é essencial?

A Hematologia não é uma ciência "apertar botão". É um trabalho artesanal que exige conhecimento profundo e aplicação prática. É exatamente por isso que bons hematologistas são tão valorizados no mercado.

Se você quer se destacar, comece aplicando a Metodologia 3R na sua rotina. E se quiser dar um passo além, conheça meu curso **Hematologia Prática**, onde ensino como aplicar essa metodologia em todos os tipos de alterações hematológicas – de células vermelhas a blastos.

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Nos vemos no próximo post! 😉

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13/01/2025

Anemia Falciforme: Entendendo a Doença que Transforma o Sangue em Desafios!

O que é a Anemia Falciforme?
 
A anemia falciforme é uma condição genética hereditária que afeta a estrutura da hemoglobina, que responsável por carregar oxigênio para todo o corpo. Na anemia falciforme, uma mutação transforma a hemoglobina em vilã, levando as hemácias a assumirem o formato de uma foice ou meia-lua. Mas o problema não para no formato: essas células se tornam rígidas e propensas a causar caos nos vasos sanguíneos.
 
O Que Acontece no Sangue?
 
Vamos falar de fisiopatologia– o alicerce de qualquer análise clínica bem feita. Tudo começa com uma mutação no gene da beta-globina, onde um inocente ácido glutâmico é substituído por uma valina. Parece uma troca simples, certo? Mas esse pequeno detalhe causa uma verdadeira revolução (ou melhor, confusão) dentro do organismo, pois essa hemoglobina com a troca tem um problema sério: POLIMERIZA EM BAIXAS TENSÕES DE OXIGÊNIO! E com isso temos:
 
- Oclusão vascular: Os glóbulos em forma de foice se acumulam, bloqueando vasos sanguíneos e causando isquemias. Resultado? Dor intensa e danos aos tecidos.
- Hemólise: Células falciformes têm uma vida útil curtíssima. Enquanto um glóbulo vermelho saudável vive cerca de 120 dias, os falciformes sobrevivem só 20 dias. Isso causa anemia crônica.
- Inflamação crônica: O ciclo de oclusão e hemólise ativa respostas inflamatórias que perpetuam o dano.
 
Como a Doença se Manifesta?
 
A anemia falciforme não segue um roteiro previsível; ela pode se manifestar de formas muito variadas. Veja os principais sinais e sintomas:
 
- Crises vaso-oclusivas: Episódios de dor intensa, especialmente nos ossos e articulações.
- Anemia crônica: Proporciona aquele combo de cansaço, fraqueza e palidez que os pacientes não esquecem.
- Síndrome torácica aguda: Dor no peito, falta de ar e febre – uma emergência médica.
- Acidente vascular cerebral: Sim, até o cérebro pode entrar nessa dança perigosa.
- Infectividade aumentada: Devido à perda funcional do baço, o risco de infecções graves, como pneumonia, é alto.
- Danos orgânicos: Rins, fígado, baço e outros órgãos podem sofrer danos ao longo do tempo.
 
Diagnóstico: Onde nós entramos em ação!
 
Para diagnosticar a anemia falciforme, é essencial juntar as peças do quebra-cabeça clínico e laboratorial. Aqui estão os passos mais comuns:
 
1. Histórico familiar: Um simples "alguém na família tem a doença?" pode direcionar o raciocínio.
2. Exame físico: Olhe para os sinais: palidez, icterícia, esplenomegalia.

Exames laboratoriais: A cereja do bolo.

O

O hemograma cursa com uma anemia normocítica e normocrômica, em algumas situações podendo ser macrocítica pela quantidade de reticulócitos.
Se for uma doença falciforme associada com talassemia, o hemograma terá uma anemia microcítica e hipocrômica.
Na lâmina encontramos achados hemolíticos como:
-policromasia
-esferócito
-codócitos
-DREPANÓCITOS - esse é patognomônico da doença

Exames confirmatórios:
-Eletroforese de hemoglobina: Identifica a presença da hemoglobina S.
(o teste de falcização que era utilizado amplamente hoje esta em desuso, sendo substituido pela eletroforese)
 - Também é possivel testes moleculares para identificar a mutação de modo direto!

Conclusão
 
Para os analistas clínicos, compreender a doença não é apenas uma questão técnica, mas uma missão de impacto real na vida de quem depende do nosso trabalho. Estar atento aos sinais, compreender os processos e agir com precisão pode fazer toda a diferença.
 
Quer continuar mergulhando no mundo da hematologia de alta complexidade? Fique por aqui e descubra como transformar seus diagnósticos em um verdadeiro diferencial clínico. Afinal, no mundo da saúde, conhecimento nunca é demais! 🚀

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21/12/2023

IG - Granulócitos Imaturos - Um Excelente Marcador Inflamatório

Alguns equipamentos automatizados liberam o índice IG - que significa granulócitos imaturos. Alguns ainda quantificam esse índice.

Mas o que é isso?
Ele é composto pela soma dos promielócitos, mielócitos e metamielócitos, com alta confiabilidade, ou seja, o IG precisa bater com a sua diferencial dessas células.


Muito se fala sobre a substituição do bastonete por esse índice, entretanto a contagem de bastonetes (diferencial manual) ainda é mais precoce em situações de inflamação aguda.

Quanto ao valor de referência é 0. Sim, em pacientes normais não se encontra metamielócito, mielocito e muito menos promielócito na diferencial.

Se aparecer o IG, e você não encontrar nenhuma dessas 3 células na diferencial, se preocupe em verificar sua coloração, local de análise e até mesmo seu conhecimento morfológico!

O IG é um marcador da “prateleira de cima” da hematologia, se você tem ele no seu equipamento, faça um informe para os médicos sobre os benefícios dele.

Entretanto a contagem de bastonete ainda é um índice mais precoce para processo inflamatório agudo!



 

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