O dímero D é um produto da degradação da fibrina, podendo estar elevado na presença de
trombos e também em outras situações, como no pós-operatório, na gestação, no puerpério, na doença vascular periférica, no câncer, na insuficiência renal, na sepse e em várias doenças inflamatórias, assim como aumenta com a idade, o que limita sua utilidade clínica.
Tem
alta sensibilidade, mas a sua especificidade é baixa, podendo estar aumentado em diversas situações, inclusive no infarto agudo do miocárdio, portanto deve ser utilizado cautelosamente, de preferência associado a outros marcadores.
A vida média do dímero D é de aproximadamente 6 horas em indivíduos com função renal normal. Assim, pacientes com coágulos estáveis com esporádicas degradações podem resultar em valores normais.
Quanto maior o coágulo, maior será o nível de dímero D circulante, assim, coágulos muito pequenos, embora potencialmente danosos à saúde podem resultar
valores normais. A presença de dímero D pressupõe processo de fibrinólise normal.
Para se dosar o dímero D pode se utilizar as metodologias de ELISA ou aglutinação em látex. Ambas possuem sensibilidade, especificidade e razão de probabilidade diferentes, principalmente no que se relaciona com pacientes em suspeita de tromboembolismo pulmonar (TEP), sendo preferida a metodologia de
ELISA.
Um dímero D negativo tem maior valor e utilidade quando o teste é realizado em pacientes considerados como de baixo risco. Em um caso de suspeita de TEP, por exemplo,
um dímero D normal exclui esse quadro, entretanto uma dosagem aumentada não o confirma, pois este analito pode aumentar em outros casos de hipercoagulabilidade também.
O teste é usado para ajudar a afastar a possibilidade de coágulos serem a causa dos sintomas apresentados. O dímero D é recomendado como teste adjuvante. Não deve ser o único exame realizado para diagnosticar uma doença ou quadro.
Outra situação interessante é que um aumento no dímero D em um paciente após a suspenção da medicação anti-coagulante é
fator de risco para recorrência de trombose quando em comparação à um paciente que o apresenta em níveis normais.
Sendo assim conclui-se que o dímero D é um excelente marcador para avaliar ocorrência de
estados de hipercoagulabilidade, entretanto não se torna específico para uma ou outra situação.
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