Esse caso clínico aconteceu em um dos laboratórios que participam do programa de assessoria remota da hemoclass.
Paciente feminino, 38 anos com suspeita de leucemia mielóide aguda m3.
Hemograma:
Eri: 2,99 / Hb: 9,6 / VG: 27 / VCM: 90,3 / HCM: 32,3 / CHCM: 36,6 / RDW: 14,5
Aparelho liberou flag de Blastos/linfócitos variantes
Plaquetas: 11.000 / VPM: 11,3 / PDW: 9,1
Leucócitos: 24.370
Dif. Aparelho:
NRBC: 1 / Neut: 66,3 / Linfo: 11 / Mono: 22,5
Ao se analisar o hemograma, várias células blásticas, com grau visível de imaturidade, exibindo pleomorfismo nuclear, conforme mostram as fotos.
A contagem diferencial foi:
Blastos: 85 / monócitos: 2 / Linfócitos: 11 / Segmentados: 2
A discrepância na contagem do aparelho para a contagem manual se dá pelo fato de os blastos, dependendo de suas características, serem enquadrados como outros tipos celulares.
Os blastos em forma de alteres foram contados como blastos e descritos nas observações do hemograma da seguinte forma:
Blastos de tamanho médio, com moderada relação N/C, nucleo com cromatina frouxa, nucléolos visíveis, com alto pleomorfismo. Citoplasma basofílico, alguns exibindo intensa granulação. Blastos com morfologia de alteres ou asa de borboleta!
Esse formato de blasto é sugestivo de leucemia promielocítica aguda variante hipogranular. Nessa variante, os promielócitos conseguem sair da medula óssea, e a leucometria costuma ser elevada. Mesmo hipogranular, é possível visualizar granulações e bastonetes de auer nas células.
A célula neoplásica aqui é um promielócito, que se torna anômalo e com morfologia diferente do que se costuma ver. Por isso é contado como blasto.
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